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O nome da série surge da fusão das palavras “Corporativo” e “Coletivo”, remetendo aos surtos coletivos que emergem no ambiente corporativo. Inspirada por referências japonesas e a simbologia dos youkais (妖怪), as peças exploram a ideia de entidades que atravessam as fronteiras entre o pessoal e o profissional, como se fossem espíritos que invadem, consomem e distorcem a individualidade.
Os monstrengos, com seus buracos fisicamente abertos, representam o impacto desses surtos no indivíduo: a sensação de ser perfurado, atravessado, e ter partes de si drenadas. Assim como os youkais, que com frequência refletem medos e ansiedades culturais, os seres nesta série personificam a relação invasiva entre o humano e o mundo corporativo.
Os buracos tornam-se uma metáfora visual para quando o "eu" pessoal é invadido pelo "coletivo" corporativo, e, quando este "coletivo" entra em colapso, vaza de volta em forma de dor.
Fungário (herbário + fungo) é uma obra que celebra a interseção entre o natural e o imaginário, dando vida a cogumelos reinterpretados. Criado com flores secas e elementos naturais, o "Fungário" transcende o biológico, reinventando a simbologia dos cogumelos como organismos efêmeros.
Nesta obra, o cogumelo torna-se um espécime preservado de um mundo fictício, uma ode à delicadeza e à transitoriedade das formas naturais. As texturas das flores secas dialogam com a estética japonesa, evocando elementos de wabi-sabi, que valorizam a beleza na imperfeição e na impermanência.
A obra convida o espectador a observar de perto, quase como um cientista diante deuma descoberta, mas com o olhar lúdico e curioso de quem explora um herbário imaginário. Fungário é um lembrete poético da riqueza dos pequenos detalhes que habitam nosso mundo e da capacidade da arte de revelar o extraordinário no aparentemente comum.
A obra Criogênico evoca a sensação de suspensão no tempo. Como se estivesse preservado em criogenia, o cogumelo encapsulado convida à reflexão sobre a fragilidade e a permanência, ao mesmo tempo em que explora a dualidade entre a preservação e o efêmero.
O bloco de resina não apenas protege, mas também amplifica os detalhes do cogumelo, convidando o espectador a observar de perto, quase como se estivesse diante de uma relíquia científica ou um artefato de um mundo fantástico.
Inspirada pela estética da biologia especulativa e pelo encantamento da cultura japonesa, a obra reflete o desejo humano de preservar aquilo que é precioso, ao mesmo tempo em que questiona a relação entre controle e natureza.
Criogênico captura a beleza congelada de um instante, transformando o cogumelo em uma metáfora para a interseção entre a vida, o tempo e a memória.
Na “natureza”, é preciso um olhar atento para encontrar cogumelos: pequenos e raros, bioluminescentes que só revelam sua luz à noite, ou grandes, mas escondidos embaixo de troncos em decomposição. Esses seres exigem paciência, curiosidade e abertura para serem descobertos.
E se esses cogumelos não fossem mais tão furtivos? E se pudessem surgir em plena luz do dia, habitar ambientes secos ao lado de flores secas? E se fossem macios, fofinhos, com cores vibrantes e diferentes, despertando o desejo de tocar e interagir?
A Floresta de Invisicogus (invisi = invisíveis; cogu = cogumelos) é um convite para repensar como percebemos os pequenos seres ao nosso redor. Nesta obra, os cogumelos ganham formas, texturas e tamanhos que os tornam acessíveis até mesmo aos olhares mais desatentos. Eles se apresentam, vibrantes, como guardiões da floresta, resgatando nossa atenção para a beleza do detalhe e para o mistério das formas de vida invisíveis que sustentam o equilíbrio natural.
No mundo das criaturas invisíveis
Muitos seres são invisíveis aos nossos olhos, não apenas pela sua dimensão microscópica, mas também pela negligência de um olhar apressado que desvaloriza o que é percebido como "menor", "inferior" ou "insignifcante".
A série utiliza a ideia lúdica de "Onde está o Wally?", mas aplicada a um universo de criaturas invisíveis e elementos inesperados. O público é convidado a observar com atenção, buscando entre os "seres invisíveis" o "Wally" do momento — uma figura que desafia a percepção e destaca a importância de reparar nos detalhes que deixamos escapar no cotidiano.
Essa busca torna-se uma metáfora para a contemplação e o cuidado, conectando o espectador a uma percepção mais atenta e sensível, onde o que antes era invisível ou insignificante ganha valor e protagonismo.
Invisível
O tema é sobre o controle das máquinas, que são invisíveis ou muito pequenas no nosso dia a dia, porém controlam boa partes das nossas cidades e consequentemente, das nossas vidas.
Aqui, temos uma cidade que aparenta calmaria numa época de natal, com feiras e obras como em uma cidade normal, mas vendo com atenção ela é na verdade regida inteira por uma placa de controle de uma máquina de lavar.
Oferendas no
A obra convida o público a explorar, de forma lúdica e tátil, a prática cultural de oferecer alimentos no butsudan, um gesto de gratidão aos antepassados e de celebração pelo recebimento de algo especial. Aqui, os alimentos escolhidos são doces japoneses — wagashi e yogashi — e a pokan, uma fruta emblemática na vivência dos nikkeis, conectando a obra às memórias e experiências da artista.
As oferendas representam não apenas o gesto simbólico de compartilhar, mas também um vínculo com o cotidiano, as tradições e o afeto presentes na cultura japonesa. A peça transforma esse ritual em uma experiência sensorial, convidando os espectadores a se conectarem com as “deliciosidades” que permeiam a história e o universo da artista, enquanto celebram a simplicidade e o significado de pequenos gestos de gratidão.